Na gringa, nem tudo é tão tech!
Em geral, sempre temos a impressão de que os EUA são sinônimo de modernidade e avanços tecnológicos, mas, para minha confirmação, vi, que mesmo em 2023, nem tudo por lá é tão high-tech como imaginamos.
Nesta última vez, dei um pulinho ali em NYC, e reforcei o que já tinha em mente, o Brasil não está atrás em sistemas de tecnologia para Food Service, ou seja, na indústria de bares e restaurantes, nossas empresas fazem bonito!
Alguns pontos que gostaria de destacar com vocês:
- Encontrei muitos restaurantes que ainda pegam pedido no papel e na caneta.
Vejam só, em pleno século XXI, na gringa, o papel corre solto!
Não foi um nem dois, que vi esta “heresia” da tecnologia, garçons comandando no papelzinho e caneta, e depois indo no terminal lançar!
- Muitos restaurantes nos EUA ainda entregam a conta pro cliente pagar, preenchida a mão.
E com, a questão da “tip” (gorjeta) manual também, com um furo enorme para fraude ! Já que o atendente depois de passar o cartão para pagar o consumo, lança manualmente, numa segunda operação a tip!
- Delivery via marketplaces, dependem de vários tablets, e em geral, não integram em “hubs” como sistemas de automação em geral. Era um tal de “piii, piii, pii” .. loucura!
- Alguns restaurantes trabalham na cozinha com pedidos no papelzinho vindo da impressora e nem todos têm KDS, embora o uso é muito mais difundido que no Brasil.
Impressão na cozinha ainda tem sua vez por lá!
- Gestão de compras, no excel, onde está a tecnologia? Precisavam de um CotaCompras.com por lá!
- Muito pouco QR Code para cardápios. Realmente existem adeptos, mas nem todos.. Muitos seguem no cardápio basicão!
Algumas coisas “boas” que vi
- Terminais PDV de checkout, sempre com 2 telas, touch, em geral a pequena virada para o cliente para acompanhar a venda e pagar (informando gorjeta)
- Muito self-checkout até mesmo para comida a quilo.
A automação comercial nos EUA se estende também aos estabelecimentos de comida a quilo, com muitos deles oferecendo self-checkout. Essa abordagem permite que os clientes escolham seus pratos e paguem de forma autônoma, economizando tempo e melhorando a eficiência no atendimento, mas depende muito da honestidade de cada consumidor, né?
Uma das experiências legais que tive nos restaurantes americanos foi o “seletor de cerveja” baseado no conceito de “monte sua cerveja”. Esse recurso permite aos clientes escolham sua cerveja com base em suas gostos, escolhendo ingredientes e sabores específicos. Esse nível de personalização é algo que ainda não é muito comum no Brasil, e representa uma área na qual podemos buscar inspiração para inovar em nosso mercado. Assista neste vídeo aqui embaixo.
Por outro lado, percebo que subestimamos os nossos próprios sistemas de gestão e automação comercial. Nossos produtos não deixam praticamente nada a desejar quando comparados aos dos Estados Unidos.
Muitos bares e restaurantes brasileiros investem em tecnologia de ponta, proporcionando aos clientes uma experiência mais eficiente e conveniente, e nossas empresas “tupiniquins” são “da porr@” e criam soluções cada vez mais práticas.
Esta viagem à “gringa”, com foco nos B&R, mostra para as complexidades e variações no sistema de gestão e automação comercial na área de bares e restaurantes. Enquanto o Brasil não fica para trás em termos de tecnologia e inovação, podemos sempre buscar inspiração em práticas e recursos de outros países, como os Estados Unidos, para aprimorar ainda mais a experiência dos clientes e a eficiência operacional em nosso mercado.
Ah, e pra fechar com chave de ouro, até os PDVs também dão “pau” por lá..
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Obrigado,
Marcio Blak, é consultor e entusiasta do segmento tech para food service, e CEO do sistema CotaCompras.com